Estudos mostram a precariedade nas condições de trabalho e saúde dos professores no país. Com a perspectiva de compreender e evidenciar medidas que contribuam para melhorar esse cenário, os servidores da Fundacentro lançam o relatório técnico “Condições de trabalho e saúde dos professores no Brasil: uma revisão para subsidiar as políticas públicas”.
Através de uma revisão narrativa, o material traz um panorama sobre os contextos de trabalho e saúde dos profissionais da educação no país, em diferentes modalidades de ensino, desde o ensino básico até o superior.
A análise presente no relatório aponta que a desvalorização, sobrecarga de trabalho, baixos salários, violência, indisciplina e dificuldade de formação estão entre as precariedades relacionadas ao trabalho dos professores. Em relação à saúde, os adoecimentos mais comuns são burnout, depressão e distúrbios de voz.
Na área da Educação a Distância (EaD), o estudo constata o retalhamento das atividades do profissional de educação. Essa modalidade de ensino, em muitos casos, tem diminuído a natureza intelectual da docência, deixando o professor com mais tarefas exteriores, menos críticos e distantes do momento de interação com os alunos.
Outro aspecto que o relatório aborda é a relação saúde-trabalho dos profissionais que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA), no qual se observa a escassez de estudos especificamente relacionados a essa modalidade.
O material ainda sugere formas de reduzir os altos índices de afastamento dos professores, propondo ações que impactem na organização do trabalho docente, no âmbito das políticas públicas.
A publicação, iniciativa do projeto de pesquisa da Fundacentro “Caminhos para a melhoria das condições de trabalho e saúde dos professores na perspectiva das políticas públicas”, foi elaborada pelos tecnologistas Doracy Moraes, Jefferson Peixoto e Juliana Andrade Oliveira e pela analista em C&T Cristiane Reimberg.
Leia o material na íntegra, acessando o link da biblioteca da Fundacentro.
Fonte: Fundacentro