A data homenageia o nascimento do médico e professor italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714), considerado o pai da medicina do trabalho. Pioneiro nas pesquisas de doenças ocupacionais, relacionando o nexo causal entre os riscos ocupacionais, as doenças descritas em seu livro ‘As Doenças dos Trabalhadores’, de 1700, obra considerada uma das mais antigas sobre a especialidade, começaram a partir da constatação de uma avançada inflamação nos olhos de um operário que limpava a fossa de sua casa. A mesma afecção fora observada em trabalhadores que exerciam a mesma atividade, constatação que serviu de base para relacionar uma atividade profissional a uma doença ocupacional, construindo as bases para a prática médica direcionada ao tema. Ramazzini também inseriu na anamnese a pergunta “Qual é o seu ofício?”.

O médico do trabalho exerce diariamente as ações de promoção à Saúde (Atenção Primária) sendo o primeiro acesso para a maioria dos trabalhadores ao sistema de saúde do país, desempenhando uma função social essencial aos direitos humanos.

Todos os dias, os médicos do trabalho desempenham a prevenção de doenças, o atendimento médico pré-hospitalar, educação em saúde para redução do tabaco e outras substâncias, faz a monitorização de forma clínica e por exames complementares, identificando precocemente qualquer desvio, orientando e encaminhando ao tratamento para a especialidade adequada. Além disso, promove a inserção de trabalhadores com deficiências diversas, preparando a equipe para seu acolhimento e inserção no mercado de trabalho.

Aliada a esses atos, há a pesquisa, a divulgação do conhecimento científico e o investimento na educação continuada dos profissionais da especialidade, são alguns dos pilares da medicina do trabalho.

Todo dia na realidade é dia do médico do trabalho.