Riscos à saúde, gerenciamento de materiais contendo amianto (MCA) e técnicas de segurança estão entre os temas abordados no “Guia de Boas Práticas de Desamiantagem”, fruto do projeto da Fundacentro sobre os impactos do processo de remoção do amianto, previsto pela aplicação da Lei Municipal n° 10.607/2019 de Florianópolis.

O amianto, também conhecido como asbesto, é uma fibra mineral com alta resistência a combustão, durabilidade e isolamento térmico. Sua versatilidade permitiu sua utilização na fabricação de diversos produtos, entre eles materiais de construção como caixas d’água, telhas de cimento-amianto, mantas antichamas, divisórias e pisos vinílicos, além de inúmeros artigos manufaturados (têxteis, gaxetas hidráulicas, freios automotivos, entre outros).

Estudos clínicos e epidemiológicos constataram que a utilização desse material pode causar câncer e outras doenças, como asbestose, placas pleurais e mesotelioma (câncer das membranas finas que revestem o tórax e abdômen). Por essa razão, o uso e o comércio do amianto foram proibidos no Brasil e em muitos outros países, mas o processo de remoção ainda é um desafio.

Diante dessa realidade, os servidores da Fundacentro desenvolveram esse guia de boas práticas, para auxiliar os trabalhadores diretamente envolvidos no processo de remoção de MCA e a população como um todo.

A publicação discute os procedimentos para a remoção de MCA, com foco em telhas e caixas d’água em instalações prediais (excluindo as instalações industriais) e os efeitos da exposição ao amianto para a saúde. Além disso, trata de aspectos sobre proteções coletivas e individuais, sinalização e as formas corretas de realizar o descarte dos resíduos.

Participaram da elaboração do material o pesquisador Artur Moreira, o analista em ciência e tecnologia Gustavo Henschel e os tecnologistas Elizabeth Figueiredo, Gustavo Sartori, José Schmidt, Ricardo Lorenzi e Valéria Ramos, todos da Fundacentro.

Acesse o link e confira todas as recomendações trazidas pelo guia.

Fonte: Fundacentro