Lesão, infecção e sequela causada por peixe-robalo são temas de relato de caso publicado pela Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO), neste segundo semestre de 2021.
O texto mostra o caso de um pescador que, enquanto trabalhava, teve seu dedo perfurado pelo espinho da nadadeira de um peixe-robalo. O ferimento evoluiu para uma infecção secundária grave e deixou sequelas incapacitantes na mão, que impediram o profissional de continuar a realizar sua atividade laboral.
Traumas causados por peixes são recorrentes entre os trabalhadores da pesca artesanal. Os acidentes geralmente ocorrem quando os trabalhadores pisam, retiram da rede ou manipulam os animais de maneira inadequada.
Os dentes, ferrões e as espículas dos peixes podem provocar perda de tecido, sangramento, infecções e envenenamento. Quando não são bem tratadas, as lesões podem levar a sequelas graves como: atrofia muscular, perda parcial de movimento, redução da capacidade motora, sensibilidade local e aparência da mão em garra.
Condições precárias de trabalho e a falta de informações sobre os perigos do manejo do pescado fazem dos acidentes com animais aquáticos um problema de saúde pública.
Para os autores, a implantação de ações de vigilância em saúde do trabalhador e ambiental são essenciais para a prática sanitária voltada aos pescadores artesanais. “Tais medidas auxiliariam na identificação de problemas de saúde, relevantes ou prioritários, além de ajudar na realização de ações voltadas à promoção da saúde, à identificação e prevenção de riscos e à detecção precoce de lesões”, concluem.
Saiba mais
Leia, na íntegra, o relato de caso “Lesão com infecção secundária e sequelas graves causadas por um peixe-robalo (Centropomus spp.) em um pescador”.
Fonte: Fundacentro