A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou no ano de 1987 o Dia Mundial Sem Tabaco. A data, que é lembrada em todo 31 de maio, tem o objetivo de alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que, no Brasil, a cada ano, aproximadamente 157 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, além disso, fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior que os não fumantes e têm menor resistência física.

Mesmo com dados significativos, os produtos derivados do tabaco, que incluem, além do cigarro, arguile, cigarro eletrônico e com sabores, cachimbos e charutos, ainda são bastante consumidos no país e no mundo.

Em 2020, a OMS escolheu o tema “Proteger os jovens da manipulação da indústria e prevenir o uso de produtos de tabaco e nicotina” para ser trabalhado na campanha do Dia Mundial sem Tabaco 2020. Contudo, diante do cenário de saúde atual com a pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde (MS) optou por trabalhar a temática Tabagismo e Coronavírus (Covid-19), visando alertar a população brasileira sobre o uso de produtos fumígenos como fator de risco para transmissão da doença e para o desenvolvimento de formas mais graves da doença.

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica, causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco, e é o maior fator de risco evitável de adoecimentos e mortes no mundo. Além disso, é uma condição importante para complicações da Covid-19.

Os riscos do tabagismo também estão relacionados ao contágio, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca. O uso de produtos que envolvem compartilhamento de bocais para inalar a fumaça — como narguilé (cachimbo d´água) e dispositivos eletrônicos para fumar (cigarros eletrônicos e cigarros de tabaco aquecido), — pode facilitar a transmissão do coronavírus. Há ainda o tabagismo passivo (não fumantes que convivem com fumantes na mesma casa ou em outros ambientes), que aumenta o risco de infecções respiratórias agudas.

Por esses motivos, diversos órgãos da saúde encorajam as pessoas a pararem de fumar para minimizar os riscos associados à pandemia de Covid-19, tanto para os fumantes quanto para as pessoas expostas ao fumo passivo.

Materiais de apoio do Inca sobre controle do tabaco

Notas Técnicas – Alertas

  1. Alerta do INCA à população sobre tabagismo e coronavírus – Recomendações para auxiliar a parar de fumar
  2. Alerta do INCA sobre os riscos do tabagismo e do uso e compartilhamento do narguilé para infecção pelo Coronavírus (Covid – 19)
  3. O Dia Mundial sem Tabaco 2020 aborda o tema tabagismo e Coronavírus (Covid-19)
  4. Esclarecimento à Rede Nacional de Coordenadores do Programa Nacional de Controle do Tabagismo – Programa de Cessação do Tabagismo

Materiais informativos

  1. Leis que podem reduzir o impacto do tabagismo na Covid-19
  2. Perguntas frequentes: tabagismo e Coronavírus (Covid-19)