A ABMT realizou nesta segunda (31) uma palestra sobre Análise Ergonômica Preliminar e os Diplomas Legais, ministrada pela diretora técnico-científica da entidade, Dra. Nadja Ferreira.

Na apresentação, ela ressaltou a importância dos médicos do trabalho construam provas robustas dos atendimentos realizados pelos profissionais a serem usados em eventuais processos, além da criação de um termo de proteção de dados conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) junto ao setor de Recursos Humanos das empresas. Entre as medidas, Dra. Nadja pontuou o registro do horário de entrada e saída do paciente, das orientações dadas sobre a atividade em questão, com testemunhas, comunicar o empregador sobre essa orientação, entre outros aspectos.

A palestrante pontuou que na Ergonomia há mais de 120 protocolos validados, além de níveis de aprofundamento, assim como ressaltou a importância de conhecer o posto de trabalho e as condições do local para realizar análises adequadas, além de produzir prontuários detalhados. “O médico do trabalho tem que metrificar a saúde”, ressaltou a especialista.

Dra. Nadja também destacou o registro dos eventos no eSocial, que possibilita uma fiscalização online do trabalho, além dos trabalhadores poderem checar as informações registradas pela empresa sobre suas atividades. Por conta disso, a palestrante ressaltou a importância de realizar uma “harmonização” dos documentos e das atividades descritas nos mesmos. Ela ainda destacou a realização de exames específicos para algumas áreas, como atividades aéreas ou em ambientes aquáticos, e a ergonomia aplicada ao teletrabalho. No caso, há empresas que visitam os locais de trabalho dos trabalhadores e realizam os ajustes ergonômicos adequados. Para isso, é preciso que o médico do trabalho tenha autorização prévia do trabalhador, assim como registro impresso dessa permissão.

Também foram enumeradas legislações que abrangem o tema, como a NR 7, Resolução Cremerj nº 335/2022, Resolução CFM nº 2323/2022, assim como documentos e orientações específicas de órgãos como Anvisa, Ministério da Saúde, Conama, além de acordos internacionais.

Na ocasião, também ocorreu uma Assembleia Geral Extraordinária sobre o reposicionamento do Centro de Estudos, Pesquisa e Mentoria em Medicina do Trabalho Dr. Daphnis Ferreira Souto como entidade jurídica independente, pauta aprovada por unanimidade.