Voz e Fala como Instrumento de Trabalho’ foi o tema do Fórum realizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), no dia 22 de outubro, com participação presencial e on-line. A palestra foi apresentada pelo Dr. Marcos André de Sarvat, doutor em Medicina pela FM/UFRJ e especialista em Otorrinolaringologia e Cirurgia Geral, que apresentou um painel sobre ‘Laringopatias e a Medicina do Trabalho’ com o conselheiro Dr. Marcelo Peixoto como moderador.
O Fórum foi organizado pela Câmara Técnica de Medicina do Trabalho e Saúde do Trabalhador do Cremerj, e parceria com a ABMT, conduzido pelo conselheiro Ronaldo de Oliveira Vinagre, responsável pela Câmara Técnica. A mesa solene foi composta por três representantes da ABMT – presidente, Dr. Gualter Nunes Maia, e dois diretores Técnico-Científicos, Dra. Nadja Ferreira e Dr. Paulo Rebelo, ambos integrantes da Câmara Técnica do Cremerj. Também participou a Dra. Laura Maria Martins, coordenadora da Câmara.
A palestra do Dr. Sarvat abordou diversos aspectos da voz e da fala no uso profissional, incluindo diagnósticos, prevenção e tratamentos. O especialista falou sobre a importância de passar os conhecimentos da otorrinolaringologia para os médicos do trabalho de forma a contribuir com a tomada de decisões da aptidão e inaptidão no exame médico ocupacional, além de contribuir nas ações de prevenção, entre outras questões importantes ligadas à especialidade, incluindo o fato que nem todo problema de voz é incapacitante.
Dr. Gualter Maia destacou a contribuição do Fórum para ampliar o conhecimento dos médicos do trabalho na área da otorrinolaringologia. “Agradeço a oportunidade de estar levando a um grande número de médicos o conhecimento sobre a importância de estabelecer parcerias com os serviços de otorrino ou com um médico otorrino que tenha essa vivência na medicina do trabalho,” ressaltou.
Dra Nadja, por sua vez, falou sobre a importância do médico do trabalho estar municiado de informações a respeito da especialidade para ter plena condição de avaliar se o problema apresentado é ocupacional ou não e decidir quais condutas devem ser tomadas para proteger o trabalhador ao longo da vida útil profissional dele. “É preciso ter um parecer global e não só por exame de complementação do laudo para que se possa ter uma consistência na avaliação,” pontuou.
Para Dr. Paulo Rebelo, a palestra ressaltou a importância da interação entre o médico do trabalho e o otorrino para obtenção de uma orientação técnica, sobre um exercício de voz a ser recomendado ao trabalhador, redução do número de horas de fala, hidratação, uso de amplificação para falar entre outras providências. “Não vamos contraindicar a realização do trabalho e não vamos mudar o trabalho em si. Vamos mudar as condições com as quais aquele indivíduo vai exercer a sua atividade e com isso vamos preservá-lo”, complementou.