O Dia Mundial do Câncer, neste dia 4 de fevereiro, tem por objetivo motivar campanhas para alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença, de forma a estimular pessoas de todas as idades e em todas as partes do mundo a buscarem orientação médica o mais cedo possível. O câncer está entre as quatro principais causas de morte prematura, antes dos 70 anos, na maioria dos países.
A data foi lançada por iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), em 2005, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir dessa iniciativa, a data passou a ser um importante marco para as campanhas de conscientização e ocasião para disseminar informações sobre o câncer e chamar a atenção das pessoas e governos globalmente, para que se mobilizem pelo controle da doença, ajudando principalmente na sua prevenção.
Dados preliminares estimam que 19 milhões de pessoas foram afetadas por algum tipo de câncer no mundo ao longo de 2020, sendo que 10 milhões perderam a vida em decorrência da doença em igual período, de acordo com o Real Instituto de Oncologia e Hematologia. Diante da magnitude do problema, se faz necessário o envolvimento das pessoas e dos governos.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS, cerca de 70% das mortes por câncer ocorrem em países de baixa e média renda. Ainda conforme as fontes, um terço de todos os casos de câncer poderiam ser evitados eliminando os fatores de risco, como tabagismo, abuso de álcool, dieta inadequada e inatividade física.
No Brasil, a programação do Dia Mundial do Câncer é organizada pelo Instituo Nacional do Câncer (INCA). Segundo estimativas da instituição, a cada ano do triênio 2020-2022, ocorrerão cerca de 625 mil novos casos de câncer no país, sendo que em torno de 177 mil correspondem ao câncer de pele não melanoma, seguido de câncer de mama e próstata, estimados em 66 mil cada.
Segundo estatísticas do Instituto, excluindo o câncer de pele não melanoma, os tipos mais frequentes em homens serão próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%). Nas mulheres, os cânceres de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,5%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%). O câncer de pele não melanoma representará 27,1% de todos os casos de câncer em homens e 29,5% em mulheres.
De acordo com as últimas estatísticas divulgadas pelo INCA, em 2019, o câncer levou a óbito 323.030 pessoas, sendo 121.686 homens e 110.344 mulheres. Ainda de acordo com o Instituto, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, como alterações no meio ambiente, hábitos não saudáveis e exposição a elementos tóxicos e radiações nocivas, entre outros. Entre as causas internas, destacam-se hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas.