O Dia Mundial do Câncer foi criado em 2005 por iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo da data é conscientizar e educar populações e governos sobre a doença, principalmente destacando o importante papel da prevenção para evitar a doença e para garantir maior índice de cura.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 7,6 milhões de pessoas no mundo morrem em decorrência da doença anualmente. Dessas, 4 milhões têm entre 30 e 69 anos. A estimativa é que esse número aumente de acordo com previsões para 2025, podendo alcançar 6 milhões de mortes prematuras por ano. Estima-se que 1,5 milhão de mortes anuais poderem ser evitadas com medidas adequadas de saúde e prevenção.
Assim, os locais de trabalho são ambientes propícios para promoção de ações de controle/eliminação de fatores de risco ocupacionais e ambientais e esclarecimento da população.
O câncer e as atividades laborais
Alguns tumores, como aqueles dos seios da face, tem forte associação com o trabalho. Pesquisa detalhada pode ser encontrada no livro ‘Ambiente, Trabalho e Câncer – aspectos epidemiológicos, toxicológicos e regulatórios,’ realizado pela Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca (Conprev).
Estimativas para o Brasil
De acordo com o Inca, o Brasil deve registrar 704 mil casos novos de câncer em cada ano do triênio 2023-2025. As regiões Sul e Sudeste devem concentrar cerca de 70% da incidência.
O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
A estimativa considera 21 tipos de câncer mais incidentes no país – dois a mais do que no levantamento anterior. Nesta última pesquisa foram incluídos o câncer de pâncreas e de fígado, por representarem problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base nas estimativas mundiais.
Conforme o Instituto, o câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O de pâncreas é um dos 10 mais incidentes na região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.
Mortalidade
Nas estatísticas do Inca, em 2020, 108.318 mulheres morreram por causa do câncer. O câncer de mama representou 16,5% das causas, seguido do câncer na traqueia, brônquios e pulmões (11,6%), e o câncer de cólon e reto (9,6%).
Entre os homens, foram 117.512 óbitos por câncer em igual período. Traqueia, brônquios e pulmões responderam por 13,6% das causas, próstata representou 13,5% e cólon e reto, 8,4%.