Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para mobilizar a sociedade pela defesa dos direitos das Pessoas com Deficiência (PcD) e destacar os benefícios da inclusão das mesmas, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência reitera importância da acessibilidade nos espaços físicos, ferramentas digitais e, no caso das empresas, locais de trabalho.
Conforme abordado no dia 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, as ações de de acolhimento pelos médicos do trabalho para a inclusão no ambiente laboral são diárias, com adequação dos espaços físicos e das atividades realizadas pelos trabalhadores para possibilitar o pleno desenvolvimento dos mesmos. A seguir, veja algumas ações que podem auxiliar nesse processo:
Bengalas
De acordo com o Guia Prático de Orientação e Mobilidade do Instituto Benjamin Constant (IBC), as bengalas são categorizadas por cores para auxiliar a identificação das pessoas quanto aos diferentes graus de deficiência visual (cegueira, baixa visão ou surdo-cegueira).
A bengala branca com o último gomo amarelo ou vermelho indica que o usuário é cego. A bengala com todos os gomos verdes indica que o portador tem baixa visão. Essas pessoas conseguem identificar a luz, enxergar vultos e, em certos casos, reconhecer pessoas e objetos. Já a bengala com gomos vermelhos e brancos alternados representa que o usuário é surdo-cego, que, em diferentes graus, tem a audição e a visão comprometidas.
Braille: tradução para deficientes visuais
O Braille é um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas com deficiência visual ou com baixa visão. Para estimular a inclusão, muitas comunicações podem e devem ser adaptadas, como menus de restaurantes, programações culturais, prateleiras de mercados e diversas outras. Vale destacar também que existem programas para adaptar o uso de computadores e smartphones por deficientes visuais.
Piso tátil de alerta
A Lei 7.853/1989 assegura a acessibilidade aos deficientes visuais. Em áreas de circulação, é necessário o uso de piso tátil com cor e textura diferenciadas. Ele facilita o reconhecimento do percurso para deficientes visuais, que ganham mais autonomia e segurança em sua locomoção.
Existem dois tipos de piso tátil: o piso tátil de alerta e piso tátil direcional. O primeiro possui círculos em alto relevo para alertar que há obstáculos à frente. O segundo possui linhas em alto relevo e serve para orientar o trajeto. É utilizado em locais amplos onde não existe ponto de referência que seja detectado com a bengala, como vias públicas, espaços abertos e corredores.
Leitura labial e Libras
A leitura labial é o nome popular da leitura orofacial, uma técnica de comunicação para pessoas surdas que consiste no reconhecimento das formas que a boca assume durante a pronúncia de uma palavra.
Entretanto, nem todo ouvinte possui fala aberta e bem articulada, o que dificulta a leitura labial. Por isso, ao se comunicar com um deficiente auditivo, atente-se a cuidados como articular bem os lábios;
falar naturalmente, sem correr ou pausar demais; olhe nos olhos da pessoa surda, sem falar de lado ou virar a cabeça durante a conversa; certifique-se que a conversa aconteça em um lugar bem iluminado.
Já a Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, muito utilizada na comunicação com pessoas surdas. É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde abril de 2002, através da Lei nº 10.436. Ela possibilita a comunicação por meio de gestos, expressões faciais e corporais e é uma importante ferramenta de inclusão social.