No dia 28 de abril de 1969, uma explosão numa mina no estado norte-americano da Virginia matou 78 mineiros. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a data como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Em 2020, o evento chama a atenção para o enfrentamento do coronavírus. A data foi instituída no Brasil pela Lei nº 11.121/2005.

Uma cultura nacional de segurança e saúde ocupacional é aquela em que o direito a um ambiente de trabalho seguro e saudável é respeitado em todos os níveis, onde governos, empregadores e trabalhadores participam ativamente através de um sistema de direitos e responsabilidades definidos e onde a maior prioridade seja a prevenção. Como associação representativa da Medicina do Trabalho, a ABMT reitera neste dia a importância dos Médicos do Trabalho nas discussões acerca da saúde e segurança da população.

De acordo com o Ministério da Economia, entre janeiro e dezembro de 2019, foram autorizados 193.660 auxílios acidentários no país. Este número contempla doenças relacionadas a acidentes físicos sofridos pelos trabalhadores ou mesmo as doenças ocupacionais desenvolvidas pelo exercício diário das atividades profissionais.

Em 2018, o número de acidentes de trabalho, segundo o governo federal, somou 477.415 em todos os estados brasileiros mais o Distrito Federal. Cerca de 2.022 pessoas morreram durante o expediente. O número de mortes entre 2012 e 2018 chega a 16.455, segundo levantamento do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho.

Fim da pandemia

Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), este ano, o foco é a resposta a surtos de doenças infecciosas no local de trabalho tendo como base a covid-19. A agência divulgou relatório sobre o combate à pandemia do novo coronavírus.

A OIT lembrou que a preocupação agora é conter o crescimento de novos casos em algumas partes do mundo e manter os níveis baixos em outras. Estes são grandes desafios para governos, empregados e empregadores e as organizações que tentam combater a pandemia e ao mesmo tempo proteger sua mão-de-obra. Para a OIT, além da crise, existe a preocupação de que a retomada da atividade econômica deve ser feita de forma a manter os avanços feitos na supressão da transmissão.

No relatório sobre o dia, a OIT lembra que é preciso garantir segurança e saúde no trabalho e ressalta os riscos ocupacionais da área que surgem com a disseminação da covid-19. O documento também analisa medidas para prevenir e controlar o risco de contágio, psicossociais, ergonômicos e outros associados à pandemia.