O dia 26 de junho – Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas – foi instituído pela ONU em 1987, com o objetivo de alertar, a nível mundial, sobre a importância de promover, de forma permanente, programas e projetos para o combate do tráfico e uso de drogas psicoativas. O dia é um marco para conscientizar governos, instituições públicas e privadas e a população em geral sobre os riscos que essas substâncias trazem à saúde física e mental, além dos prejuízos econômicos e sociais.
Todo ano, através do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), a ONU realiza, nessa data, uma série de atividades para informar as pessoas sobre dados atualizados sobre consumo, produção e tráfico de drogas no mundo. Mais de 269 milhões de pessoas usam drogas no mundo, conforme dados coletados em 2018. Por ano, mais de 200 mil pessoas perdem a vida em decorrência do consumo dessas substâncias, segundo dados do Relatório de Drogas feito pelo Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime (UNODC, sigla em inglês).
Os estudos apontam também que mais de 35 milhões de pessoas sofrem de transtornos associados ao uso de psicoativos. Ainda segundo o relatório da UNODC, a cannabis é uma das drogas mais consumidas no mundo, com 192 milhões de usuários, considerando dados de 2018. Os opioides figuram no topo da lista das substâncias mais nocivas. O total de mortes por transtornos associados ao seu uso teve alta de 71%, com aumento de 92% entre as mulheres e 63% entre os homens, considerando a última década.
Outra informação ressaltada pelo Conselho Internacional de Controle de Entorpecentes (INCB) em seu relatório de 2020 chama a atenção para o aumento alarmante de uso de drogas entre a população idosa nos últimos anos. Cresce também o uso de substâncias psicoativas entre crianças e adolescentes, especialmente nos países mais pobres ou em desenvolvimento.
Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz, o Brasil possui mais de 3,5 milhões de usuários de drogas ilícitas, segundo pesquisa concluída em 2017. A pandemia da Covid-19, que aumentou o desemprego e o desalento da população mais vulnerável, jogando mais pessoas na pobreza e na extrema pobreza, agravou o uso e abuso das drogas no Brasil e no mundo nesse grupo. Dados do Ministério da Saúde apontam aumento de 54% no atendimento de dependentes químicos durante a quarentena, entre os meses de março a junho do ano passado.