O dia 21 de setembro é dedicado ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi oficializada pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI – nº 11.133/2005), marco importante para a realização de campanhas sobre a importância de ações de inclusão das pessoas com deficiência.
Para os médicos do trabalho, essas ações de acolhimento e inclusão no ambiente laboral são diárias. Eles estão preparados para adequar os espaços físicos e as atividades laborais e garantir o pleno desenvolvimento dessas pessoas.
A acessibilidade se dá com o uso de vários equipamentos e adaptações, não só nos locais de trabalho, mas em locais públicos como ruas, praças, além de comércios e muitos outros. Prédios com rampas de acesso e banheiros adaptados são alguns dos exemplos. Veja abaixo outras informações que podem auxiliar o processo de inclusão da pessoa com deficiência:
Bengalas: conheça a importância das cores
Você sabia que as bengalas possuem cores diferentes? De acordo com o Guia Prático de Orientação e Mobilidade do Instituto Benjamin Constant (IBC), elas são categorizadas por cores para auxiliar a identificação das pessoas quanto aos diferentes graus de deficiência visual (cegueira, baixa visão ou surdo-cegueira).
A bengala branca com o último gomo amarelo ou vermelho indica que o usuário é cego. A bengala com todos os gomos verdes indica que o portador tem baixa visão. Essas pessoas conseguem identificar a luz, enxergar vultos e, em certos casos, reconhecer pessoas e objetos. Já a bengala com gomos vermelhos e brancos alternados representa que o usuário é surdo-cego, que, em diferentes graus, tem a audição e a visão comprometidas.
Braille: tradução para deficientes visuais
O Braille é um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas com deficiência visual ou com baixa visão. Para estimular a inclusão, muitas comunicações podem e devem ser adaptadas, como menus de restaurantes, programações culturais, prateleiras de mercados e diversas outras. Vale destacar também que existem programas para adaptar o uso de computadores e smartphones por deficientes visuais.
Piso tátil de alerta
A Lei 7.853 de 24 de outubro de 1989 assegura a acessibilidade aos deficientes visuais. Em áreas de circulação, é necessário o uso de piso tátil com cor e textura diferenciadas. Ele facilita o reconhecimento do percurso para deficientes visuais, que ganham mais autonomia e segurança em sua locomoção.
Existem dois tipos de piso tátil: o piso tátil de alerta e piso tátil direcional. O primeiro possui círculos em alto relevo para alertar que há obstáculos à frente. O segundo possui linhas em alto relevo e serve para orientar o trajeto. É utilizado em locais amplos onde não existe ponto de referência que seja detectado com a bengala, como vias públicas, espaços abertos e corredores.
Leitura labial e Libras
A leitura labial é o nome popular da leitura orofacial, uma técnica de comunicação para pessoas surdas que consiste no reconhecimento das formas que a boca assume durante a pronúncia de uma palavra.
Entretanto, nem todo ouvinte possui fala aberta e bem articulada, o que dificulta a leitura labial. Por isso, ao se comunicar com um deficiente auditivo, atente-se a cuidados como articular bem os lábios;
falar naturalmente, sem correr ou pausar demais; olhe nos olhos da pessoa surda, sem falar de lado ou virar a cabeça durante a conversa; certifique-se que a conversa aconteça em um lugar bem iluminado.
Já a Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, muito utilizada na comunicação com pessoas surdas. É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde abril de 2002, através da Lei nº 10.436. Ela possibilita a comunicação por meio de gestos, expressões faciais e corporais e é uma importante ferramenta de inclusão social.